quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Viagem ao centro da célula

Planetário inflável é adaptado para simular uma viagem em 3D pelo interior celular, com direito a visitas ao citoplasma, núcleo e organelas. A ferramenta já faz parte do cotidiano escolar de Ribeirão Preto.
Viagem ao centro da célula

Alunos assistem ao filme sobre o universo celular, deitados, no interior do Celularium. Antes da exibição, há uma conversa introdutória com um mediador. (Foto: Assessoria de Imprensa do Hemocentro)

Um planetário inflável de 22m² imerge alunos e professores no universo da célulaanimal. O filme, exibido em 360° no seu interior, simula uma viagem em três dimensões pelos componentes celulares.

Concebida pela Casa da Ciência da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, a exibição mergulha o viajante por um dos canais seletivos da membrana até o citoplasma. Dali, ele passa por organelas, pelo núcleo celular e pode até participar dacaptura de partículas extracelulares pelo lisossomo.

Inaugurado na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em 2010, o Celularium – em alusão ao tradicional Planetarium – já é parte do cotidiano escolar de Ribeirão Preto e vem auxiliando alunos da região no aprendizado sobre o funcionamento e a dinâmicada célula.

“Nos livros didáticos, os alunos veem a célula como algo chapado, bidimensional. O vídeo faz a criança enxergá-la de forma dinâmica e em movimento, oferecendo outra perspectiva“, diz Vinicius Moreno Godói, um dos coordenadores do projeto.

Veja trecho do vídeo que é projetado na cúpula do Celularium


O planetário itinerante atende sob demanda o ensino fundamental e médio em escolas de Ribeirão Preto e região. “Há um projeto para atender toda a rede do Hemocentro, que consiste em 180 cidades do interior do Estado de São Paulo”, afirma Godói. A ideia é levar a esses locais, além do Celularium, o projeto Doador do Futuro, um trabalho educativo do Hemocentro sobre a doação de sangue.

Almofadas e células de verdade

Colocar a cúpula em pé é a primeira etapa para a exibição do Celularium. “O planetário fica cheio em 12 minutos e o material é que nem macacão de piloto de Fórmula 1, infla e não pega fogo”, brinca Godói.
Após a exibição do filme no Celularium, alunos observam células de verdade em microscópios. (Foto: Assessoria de Imprensa do Hemocentro)

Depois de cheio, o espaço interno comporta um grupo de até 40 pessoas por vez. Elas são convidadas a relaxar sobre as almofadas e desfrutar do passeio celular. Dois mediadores apresentam o vídeo. Ao final de 17 minutos de projeção, o grupo é direcionado a uma atividade complementar, na qual observam células de verdade em microscópios.

O filme exibido é uma animação gráfica computadorizada, elaborada pela Animalux, empresa incubada no Hemocentro. “A Animalux contribuiu com a parte técnica, enquanto os pesquisadores da fundação orientaram sobre o conteúdo científico do vídeo”, explica Godói.

A cúpula inflável e o projetor, de tecnologia fulldome digital, já pertenciam aoHemocentro desde 2007, mas tiveram sua primeira aparição em público somente em 2009, numa exibição piloto.

Com apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Terapia Celular, o Hemocentro conseguiu produzir um filme mais longo para a Semana Nacional no ano passado. A célula foi escolhida como tema tanto por estar presente no currículo escolar quanto por ser objeto de estudo do Centro de Terapia Celular do Hemocentro, que tem foco em pesquisas com células-tronco.

Fonte: Ciência Hoje On-line

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