domingo, 4 de setembro de 2011

Cabo Pulmo, o paraíso da vida marinha

Reserva marinha mexicana quintuplica em dez anos o número de peixes


A reserva marinha Parque Nacional Cabo Pulmo, na costa oeste do México, praticamente quintuplicou o número de peixes em dez anos, segundo estudo da Universidade da Califórnia, em San Diego, Estados Unidos.

O projeto de recuperação surgiu a partir do entusiasmo e dedicação da população local que, incomodada pela devastação do ecossistema, estabeleceu o parque em 1995 e, desde então, se dedica a protegê-lo.

"As mudanças mais importantes que observamos é que o número de espécies no parque quase duplicou e o número de indivíduos e seu tamanho, que em conjunto são os quilos de peixes, aumentaram mais de 460%", conta o biólogo marinho Octavio Aburto-Oropeza, do Instituto Scripps.

Experiência inspiradora
Cabo Pulmo tem 71 km² e é quase 70 vezes maior do que a maioria das reservas estudadas até hoje.

As espécies mais comuns na área são garopa do golfo (Mycteroperca jordani), garopa sardineira (Mycteroperca rosacea), pargo cinza (Lutjanus novemfasciatus), pargo amarelo (Lutjanus argentiventris) e cavalinha (Seriola lalandi).

"É surpreendente que as comunidades de peixes em um recife superexplorado possam se recuperar até chegar a níveis comparáveis com aos de recifes remotos, onde nunca ocorreu a pesca humana", avaliou Aburto-Oropeza.

Aburto-Oropeza diz que a criação de áreas marinhas pode "elevar significativamente a produtividade dos oceanos, gerando benefícios econômicos para as comunidades costeiras".

"Poucos legisladores no mundo estão conscientes de que o tamanho e a abundância dos peixes pode aumentar extraordinariamente em muito pouco tempo, a partir do momento em que se estabelece a proteção ambiental e se cria uma reserva marinha", defende.


A população local cuida da reserva e ajuda a reduzir a contaminação, protegendo as espécies em perigo.

Nesta fotografia, tubarões se aproximam da superfície e podem ser vistos sob a água cristalina.
A reserva é lar de leões-marinhos, como estes da fotografia, que tomam sol sobre uma pedra.
A reserva é lar de leões-marinhos, como estes da fotografia, que tomam sol sobre uma pedra.
Para especialistas, o projeto ensina que o sucesso de iniciativas semelhantes depende do envolvimento das comunidades locais.
Um estudo detalhado sobre Cabo Pulmo pode ser encontrado na publicação especializada 'PLoS One Public Library of Sciences'.
Fonte: Msn.com
Fotos de: BBC Brasil

Espécies ameaçadas de extinção

Fotógrafo reúne em livro retratos de animais que podem desaparecer do planeta

Acima, um babuíno de cinco meses de idade, criado em cativeiro.

O norte-americano Joel Satore fotografou em seu estúdio vários animais ameaçados de extinção. Ele faz parte de um projeto que tem a finalidade de aumentar a conscientização sobre a preservação da vida selvagem.

Satore trabalha para a National Geographic Society há 20 anos e planeja registrar mais espécies em extinção em todo o mundo. "As pessoas não vão tentar salvar os animais se não souberem que eles existem", explica ele.

Satore reuniu algumas das imagens no livro 'Raros - As espécies ameaçadas da América', que custa R$ 38.

Satore fotografou a maior parte dos animais em estúdio, contra fundos brancos ou pretos, para dar mais destaque à aparência impressionante das espécies. Acima, uma cacatua-das-palmeiras.
Segundo o fotógrafo, retratar os animais na natureza seria um desserviço a eles, já que alguns, como o animal são tão pequenos que não poderiam ser vistos em seu habitat. A fotografia mostra o 'Phyllobates terribilis', considerado um dos anfíbios mais venenosos do mundo.
Para Satore, as fotos de estúdio fazem com que todos os animais tenham o mesmo tamanho proporcional e sejam tratados com a mesma importância. Na foto acima, um furão-de-patas-negras.

"Fotografar os animais em fundos pretos e brancos significa que cada um deles recebe a mesma consideração", disse o fotógrafo. A imagem mostra a fêmea de um elefante-africano.
Ele diz que pretende mostrar que há "beleza, graça e valor em animais grandes e pequenos" para encorajar as pessoas a lutar por sua preservação. Na imagem, um lêmure-negro.

O fotógrafo trabalha para a National Geographic Society há 20 anos e planeja registrar imagens de espécies em extinção em todo o mundo. Na foto, uma víbora-de-pestana.
"As pessoas não vão tentar salvar os animais se não souberem que eles existem", diz Satore, que tem 49 anos. Na foto, uma raposa da Ilha de Santa Catalina, na Califórnia.
Segundo ele, alguns animais tiveram que ser fotografados dentro de suas jaulas no zoológico, por serem muito perigosos. Nestes casos, ele pintava o fundo da jaula com a cor desejada para o fundo da imagem. Acima, um hipopótamo.
Outras espécies foram difíceis de ser fotografadas porque eram muito rápidas e algumas eram tão raras que só puderam ser levadas para o estúdio com autorização do governo norte-americano. Na imagem, uma salamandra-tigre da Califórnia.
Ele diz ainda que precisava esperar um momento em que os animais parassem de se mover para fotografar, já que era difícil manter o foco da câmera neles. Na foto, um jupará, mamífero que pode ser encontrado na Amazônia.
Satore reuniu algumas das imagens no livro 'Raros - As espécies ameaçadas da América'. Na foto acima, uma tartaruga-do-pântano.
Fonte: Msn.com
Fotos de: BBC Brasil - Joel Satore; National Geographic Stock; Caters